Santa Helena

Viação Santa Helena 
1931 - 1964

Histórico

Empresa de transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal, fundada em 1931 na cidade do Rio de Janeiro pela f
irma J.Antonio Moreira.

Em 12 de fevereiro de 1931, foi autorizada pela Prefeitura do Distrito Federal, através da Inspectoria de Concessões, a implantar sua primeira linha de auto-omnibus, a Madureira - Irajá.

Em 29 de julho de 1933, a empresa foi adquirida pelo senhor Amorim Godinho de Almeida.

Em 14 de fevereiro de 1935, a Viação Santa Helena incorpora a empresa Inhaúma Auto-Viação, de propriedade de Joaquim Moreira da Silva.

Em primeiro de julho de 1935, com frota de 4 ônibus, reativa a linha Meyer – Ramos, via Inhaúma, extinta há 6 meses. 

Em 1937, o proprietário da empresa era Amorim Godinho de Almeida. 

Linhas em março de 1937

Meyer - Ramos. Itinerário: rua Archias Cordeiro, Piauí, Avenida Suburbana, Álvaro Miranda, Padre Januário, Estrada da Freguezia, Estrada do Itararé, Diomedes Trota (ida), 4 de Novembro (volta), Uranos até a estação de Ramos. Com 4 seções de 200 réis cada:

1ª - Meyer - Largo dos Pilares
2ª - Largo dos Pilares - Inhaúma
3ª - Inhaúma - rua Clapp Filho
4ª - Clapp Filho - Ramos

Cascadura - RamosItinerário: Avenida Suburbana, Siqueira Daltro, Silva Vale, Avenida Automóvel Clube, Padre Januário, Estrada da Freguezia, Caminho do Itªararé, Diomedes Trota (ida), 4 de Novembro (volta), Uranos até a estação de Ramos. Com 5 seções de 200 réis cada:

1ª - Cascadura - Cavalcanti
2ª - Cavalcanti - Engenho do Mato
3ª - Engenho do Mato - Inhaúma
4ª - Inhaúma - Rua Clapp Filho
5ª - Rua Clapp Filho - Estação de Ramos

Meyer - Engenho do MatoItinerário: Rua Archias Cordeiro, José Bonifácio, Avenida Suburbana, Avenida João Ribeiro até a estação de Engenho do Mato. Com duas seções de 200 réis cada:

1ª - Meyer - Largo dos Pilares
2ª - Largo dos Pilares - Engenho do Mato

Cascadura - CavalcantiItinerário: Cascadura, Avenida Suburbana, Siqueira Daltro, Maria Passos, Silva Vale até a esquina da rua Laurindo Filho. Com tarifa única de 200 réis.


Diário Carioca, 22/07/1941


Em 1943, a empresa transportava mensalmente cerca de 1,5 milhão de passageiros.

Linhas em 1943

S-2 - Meyer - Ramos
S-3 - Meyer - Engenho do Mato
S-6 - Meyer - Cascadura
S-11 - Cascadura - Ramos
S-12 - Cascadura - Cavalcanti


O Radical, 01/06/1943, p21


Em 6 de dezembro de 1953, foi autorizada a prolongar a linha S-8 (Meyer – Coelho Neto), nos horários de maior movimento até o bairro de Acari.

Em 24 de fevereiro de 1955, inaugura a linha 75 (Pilares – Castelo) com o seguinte itinerário: Praça Presidente Antônio José de Almeida, Presidente Antônio Carlos, Nilo Peçanha, Rio Branco, Presidente Vargas, Francisco Bicalho, Francisco Eugênio, Figueira de Mello, Campo de São Christóvão, São Luiz Gonzaga, São Januário, Teixeira Junior, General Almério de Moura, Ricardo Machado, Prefeito Olímpio de Mello, São Luiz Gonzaga, Largo de Benfica, Suburbana e Largo de Pilares.


Linha 75 (Castelo - Largo dos Pilares) em março 1955


A Viação Santa Helena encerra suas operações em 1964, quando explorava sua única linha de ônibus, a 687 (Meyer-Pavuna), extinta junto com a empresa.


Passageiros Transportados

1938        2.203.810

Frota

1938        20
1940        20


Prefixo da frota: 78 00

Garagens

Rua 24 de Maio, 1281, Meyer
Largo de Inhaúma
Rua Dona Emília, 12, Inhaúma


ANEXO

A Viação Santa Helena
Por Mauro Albuquerque

Garage, naquele tempo se escrevia assim, garage mesmo. Rua Dona Emília 12. Inhaúma. Teve uma frota bem diversificada e várias linhas. 

S-2 (Meyer-Inhaúma), depois esticada para Ramos, com ponto final no Jardim do Meyer e em Ramos na rua Professor Lacê. 

S-3 (Meyer - Engenho do Mato), depois esticada para Cavalcanti, depois esticada novamente para Rocha Miranda.

S-5 (Meyer - Cascadura).

S-8 (Meyer - Coelho Neto). 

S-9 (Meyer - Vaz Lobo), repassada para a Viação Madureira Ltda. 

S-11 (Inhaúma - Cascadura), depois esticada para Ramos-Cascadura, depois Ramos -Madureira. 

S-12 (Cascadura- Aviação). 

S-14 (Cascadura - Rocha Miranda), depois esticada para Cascadura-Coelho Neto. 

Teve na frota muitos Ford. Todos com máquina Hercules a óleo e de varias carrocerias. Teve também Chevrolet a óleo, Volvo/Grassi e Volvo/Carbrasa. Estes últimos eram numerados de 101 a 110. Lá pelo meio dos anos 50 comprou 10 Volvo/Continental já rodados e com eles ia fazer uma nova linha Ramos-Pavuna, aconteceu alguma coisa , os carros foram devolvidos e a linha nunca rodou. 

Nesta época também muitas linhas foram abandonadas ficando só com 4: S-2 ,S-3 ,S-8 e S-11. 

A Santa Helena também deu abrigo a outras empresas e projetos. Uma empresa da área do Grajaú pegou fogo na garagem destruindo quase tudo. Dois carros foram recuperados e vieram rodar agregados fazendo a linha Meyer - São João do Meriti. Foi nela que também rodou o primeiro Papa- Filas encarroçado pela Cermava, primeiro na S-3 depois na S-8, sendo que a S-8 naquele tempo era Coelho Neto, mas o Papa-Filas mesmo com vista Coelho Neto ia até Acari.

Foi também a Sta Helena em 1955 primeira a lançar o LP331 torpedo, (Mercedão Baleia) 10 com carroceria CAIO e 10 com Cermava. 8 foram para a S-11, e para a S-8 foram 12 carros, e a linha foi esticada para Acari e depois para Pavuna. Os MB já vieram com a cor nova. Amarelo e alumínio com faixa azul escuro e para-lamas pretos. Foram numerados de 101 a 120 . Os Volvo/Grassi continuaram com a cor azul e foram renumerados para 121 a 130 e os Volvo/Carbrasa de 131 a 140. 

Novas dificuldades surgiram e a frota ficou toda sucateada. Quando aconteceu a numeração ela ganhou o 7800.

Em 1964/65 ela estava agonizante com apenas dois carros rodando com liminar na S-2, o 7828 e o 7830, quando finalmente foi decretada a falência.

Texto extraído do Grupo Memória das Cores dos Ônibus do Rio de Janeiro do Facebook em 25/03/2018.


REFERÊNCIAS:

Termo de Transferência. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 01 agosto 1933. p.21.

Livro da Prefeitura do Distrito Federal. 1934.

Termo de Prorrogação de Autorização. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro. 31 março 1937. p.8.

Relação das empresas de ônibus do Districto Federal com as respectivas frotas. Comissão Especial de Transporte Coletivo. Rio de Janeiro. 12 agosto 1940.

Uma população imensa esquecida pelo poder público. Diário da Noite. Rio de Janeiro. 06 agosto 1952. p.8.

Página lançada em abril de 2018










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